VIVOLEGO: A história dos carris de Lego

Quando em 1932, Ole Kirk Christiansen criou a marca Lego, primeiro fez animais de madeira. Três anos depois, em 1935, surgiu a primeira locomotiva, ainda em madeira. Desde aquela época, os comboios sempre fizeram parte da Lego. Muitos AFOLs especializaram-se neste tema em particular. Mas vamos voltar um pouco para a história dos comboios Lego e o que os faz rolar, os carris.

Os primeiros comboios de madeira, assim como os primeiros comboios de blocos, não usavam carriss. Os comboios de madeira usavam rodas de madeira e, para alguns, rodas de borracha para reduzir o ruído produzido pelo brinquedo.

Os primeiros carris apareceram em 1966 e permaneceram à venda até 1979, são os carris azuis. Havia 3 tipos de carris, os direitos com entalhes de tração, as longas curvas externas com entalhes de tração e as curtas curvas internas sem os entalhes de tração. Estes carris foram ligados a placas planas de 2 × 8. Pequenos detalhes, essas placas, no primeiro ano (de 66 a 70), não eram de ABS como todos os tijolos de Lego, mas sim em acetato de celulose. Além desses 3 tipos de carris, a Lego também criou agulhas (esquerda e direita) e um cruzamento.

Os comboios circulavam nos carris através de ação manual ou com um motor de 4,5 volts alimentado por uma bateria.

Em 1969, a Lego introduziu um carril central que permite que comboios motorizados operem a 12v. Este carril é simplesmente anexado as travessas, assim era possível usar os velhos trilhos, bastava adicionar trilhos centrais (ref.750 e 751). Para agulhas e cruzamentos, infelizmente, era impossível adaptar esses carris, por isso foi necessário investir em novos equipamentos.

Em 1980, a Lego decidiu mudar a cor dos carris para cinza claro e das travessas para cinza escuro. O princípio permanece o mesmo: 3 carris diferentes (um direito, 2 curvas) com, dependendo dos conjuntos, um carril central ou não.

Um detalhe acerca das travessas. Alguns tiveram um pequeno corte na parte inferior enquanto outras não. As sem cortes foram os primeiros lançamentas em 1980, mas logo a Lego as substituiu pelo outro modelo. Esses pequenos cortes permitiram passar os diversos cabos utilizados para fazer funcionar os diversos automatismos da rede, como agulhas ou lâmpadas.

Em 1991, a Lego decidiu mudar tudo ao introduzir o sistema 9v. Este sistema retoma o princípio do modelo clássico, com a alimentação do motor pelo contato dos carris com as rodas. A mudança é total, já que todo o material antigo é incompatível. Os carris são agora compostos por uma única peça de plástico que inclui os 2 carris, bem como 3 travessas e 2 meias-travessas com garras de fixação que permitem manter várias seções de carris juntas. O topo do caril (parte em contato com as rodas do comboio) é coberto com metal para alimentação do motor.

A Lego também transforma as agulhas e cruzamentos para se adaptar a esse novo padrão.

O sistema 9v continua a ser um dos favoritos e muitos defensores AFOL pelo retorno deste sistema. Em exibição, vemos mais comboios 9v do que trens mais novos.

Em 2006, enquanto a Lego comercializa novos "starter sets" contendo 9v rails (ref.2159 e 4206), introduz um novo padrão de alimentação, o pfs. Os carris são idênticos ao sistema 9v, exceto que a parte de metal foi removida. Na verdade, estes comboios não são mais alimentados pelos carris, mas voltam a usar uma caixa de bateria para colocar no próprio comboio.

Ao nível dos trilhos, pouca novidade, com exceção de trilhos curtos e flexíveis, que permitem fazer caminhos tortuosos, a Lego também decide remover a travessia perpendicular que estava, ainda ainda no catálogo. A Lego tenta introduzir uma cruz mais realista (ref 7996), o que não será um grande sucesso. É uma peça procurada agora, que regularmente passa dos 100 euros nos sites de venda online de ocasião.

Existem mais 3 tipos de carris:.

- Os carris Duplo;

- Os trilhos são idênticos aos trilhos de pfs, mas mais estreitos. Há um modelo curvo e um inclinado em altura. Estes carris foram usados apenas em 3 conjuntos, incluindo a mina de Indiana Jones (ref 7199). Não é possível criar uma rede de 4 vias, pois não há linha reta ou switch.

- Caris de monocarril, que também não foram muito bem sucedidos, pois foram usados apenas em 3 conjuntos (e alguns conjuntos de expansão). O princípio do carril era diferente já que em vez de duas rodas que guiam o comboio, é carril central entalhado que permite que uma roda dentada se agarre. o comboio desliza na parte plana e larga do carril.